Conheça a jornada de 0 a 1 do Paulo Sérgio Dantas com o ChatADV.
Bruno Okamoto
27 Min de leitura

O poder do canal de distribuição do nicho: o caso de Paulo Dantas – ChatADV

Dados do estudo de caso

Hoje teremos um estudo de caso de um empreendedor não técnico e advogado – Paulo Sério Dantas – empreendedor serial que já lançou mais de 2 Micro-SaaS.

Paulo Sérgio Dantas

Micro-SaaS: ChatADV (MRR: R$ 2.300,00)

O advogado e seus Micro-SaaS

Paulo Dantas, do Rio Grande do Norte, conta que sempre gostou de informática, e relata que desde seus 14 anos já gostava de lidar com computador – ainda que, na época, não fosse tão comum as pessoas usarem o equipamento. Quando tinha 16 anos, iniciou um curso de Técnico em Informática no SENAI, o que o fez entender um pouco mais sobre a área.

Ainda naquela época, como se interessava muito por computador, foi trabalhar em uma lan house, sabendo que poderia estar em contato constante com o equipamento, para aprender cada vez mais. Nesse emprego, ele lidava mais com serviços direcionados à hardware, e já nesse momento conseguiu ver que seu interesse maior, na realidade, era por serviços relacionados à software. Aquele coisa de ficar mexendo com equipamentos, peças, etc., não era sua praia.

Tendo em mente que o que gostava, de fato, era a parte de software, como um bom curioso, Paulo foi conhecendo este novo mundo. Sempre estudando e pesquisando para aprender cada dia mais.

Algum tempo depois, ele teve a oportunidade de trabalhar no exército brasileiro, no Setor de Processamento de Dados. Ali conseguiu ganhar ainda mais aprendizado na área da tecnologia, podendo desenvolver seus conhecimentos de forma cada vez mais aprofundada.

Depois disso, acabou trabalhando em diversas outras empresas de tecnologia, mas ainda na  área técnica de hardware e rede, apesar de saber que não era o que efetivamente o atraía. Na época, as peças de computadores eram muito caras e tudo precisava de manutenção, o que exigia um trabalho manual que Paulo não curtia muito.

O último emprego de Paulo antes de ter uma reviravolta na sua vida foi em uma empresa de provedor de internet, em que ele trabalhava na parte técnica. Nesse período, surgiu para ele, de forma totalmente despretensiosa, a oportunidade de cursar Direito. Certo dia, quando foi buscar sua namorada na faculdade, uma pessoa o abordou e ofereceu o curso, com pagamento através do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). 

E adivinha? Sem pensar muito, Paulo agarrou a oportunidade, e aos 26 anos começou a faculdade de Direito.

Até então, só havia estudado e trabalhado na área da tecnologia e, neste novo mundo que estava ingressando, apesar da grande dificuldade que encontrou no curso, logo começou a fazer contatos, conhecer coisas novas e ampliar sua visão de mundo.

Depois de quase dois anos no curso, se deparou com a dúvida em relação a ingressar na área do Direito ou continuar na área da tecnologia. Mas seguiu estudando, buscando entender como poderia conciliar as duas áreas.

Do Direito ao Marketing

Já no fim do curso, quando passou na OAB, começou a observar a necessidade de ter certa noção de empreendedorismo para poder advogar com sucesso. Ele sabia que precisava de experiência para que sua carreira desse certo. Então, no 9º período já começou a prospectar clientes, ainda que tivesse que trabalhar durante a noite na empresa provedora de internet. Estava praticamente com uma jornada dupla.

Já trabalhando na área do Direito, a primeira vez que pode observar, efetivamente, a conciliação entre seu conhecimento de tecnologia e o Direito foi quando utilizou pela primeira vez o tráfego pago para prospectar clientes. Na época, 2017/2018, isso não era nada comum no mundo dos advogados.

Ele enxergou que era possível usar essa tecnologia como uma forma de captação de clientes, e então, através do Youtube, assistiu muitos vídeos, aprendeu, e começou a subir suas campanhas no Google Ads

No tráfego pago, investia R$ 100,00 e ganhava, como retorno, R$ 5.000,00. Assim, ficava claro, para Paulo, o quanto sua estratégia estava funcionando. Em 2 anos conseguiu dar um boom no seu escritório, chegando ao ponto de contratar outros advogados, estagiários, se destacando publicamente, sobretudo com a ajuda da tecnologia.

Como nem tudo são flores…

Seu escritório trabalhava com a área criminal e, assim como tantas outras empresas, Paulo também foi atingido negativamente pela pandemia, já que a taxa de crimes diminuiu, de certa forma, na pandemia, porque as pessoas não estavam nas ruas como em tempos normais. Com isso, consequentemente, sua renda caiu absurdamente, sendo mais um brasileiro que entrou em crise. Precisou, inclusive, solicitar o auxílio emergencial para poder dar conta de “sobreviver”.

Nesse período, com o pouco que tinha, Paulo pagou um curso de dropshipping para aumentar seus conhecimentos sobre o tema e possivelmente conseguir uma grana com isso. O pacote do curso que comprou permitia que ele revendesse o curso que ensinava a fazer dropshipping, e foi assim que ele começou a comercializar infoproduto.

Fato é que esse negócio demandava muito suporte, porque as pessoas tinham muitas dúvidas sobre o tema. Com a alta demanda de suporte, encontrou um nicho repreendido, já que não havia nada automatizado para oferecer esse suporte que os usuários precisavam. Depois de muito buscar alguma solução, encontrou um único aplicativo, mas que não funcionava bem.

Paralelamente, nesse mesmo tempo, sempre na tentativa de “sobreviver” e fazer alguma grana, Paulo investiu em algo totalmente fora do que entendia. Ele colocou um dinheiro alto na compra de várias máquinas de ozônio, que prometiam “limpar” ambientes, deixando livres de ácaros, vírus, etc. Com a pandemia, ele imaginava que isso seria algo muito promissor. Pensando nisso, criou um CNPJ, fez uma logomarca, e foi atrás de clientes – hóteis, entre outros.

Empreender é como uma montanha russa.
Às vezes estamos em cima, às vezes embaixo.

Contudo, ocorreu que Paulo perdeu o timing da pandemia. Quando ele resolveu investir nisso tudo, a vacina já tinha chegado no Brasil, o que fez com que as pessoas deixassem de gastar dinheiro com outras alternativas. E o resultado disso tudo? Um prejuízo enorme para ele, que sequer conseguiu vender todas as máquinas que tinha adquirido.

Além do que, chegou à conclusão de que tentou fazer negócio em um mercado que não tinha acesso, não tinha conhecimento, enfim, não era algo do qual ele entendia com propriedade.

Nesse meio tempo, com a vida voltando ao “normal” depois da pandemia, a advocacia voltou para a vida de Paulo – que agora já carregava uma bagagem com várias novas experiências. Ele resolveu voltar para esse mercado porque sabia que era uma área que conhecia, efetivamente, e em que sabia empreender.

Com o espírito de empreendedor e sabendo que não queria, nunca mais, trabalhar para ninguém, Paulo tinha em mente que precisava encontrar algo novo para investir. A sensação do risco e o frio na barriga eram coisas que o atraíam. Foi nessa época, então, que as ideias de Micro-SaaS começaram a surgir na sua vida.

O novo mundo do Micro-SaaS

Mesmo que trabalhando como advogado, Paulo seguia estudando e pesquisando sobre tecnologias. Sempre foi muito estudioso, e buscava conhecimentos a todo tempo, em vídeos do Youtube, cursos e outras fontes. As comunidades, por exemplo, sempre foram muito atrativas para ele.

Certa vez, quando estava em uma viagem com sua namorada, pois tinha a oportunidade de trabalhar remotamente como advogado, Paulo, assistindo um vídeo no Youtube, viu uma propaganda sobre um curso de API do WhatsApp – que tratava diretamente sobre as eleições. Com esse anúncio, Paulo se lembrou da época em que estava vendendo o curso de dropshipping e não tinha nenhuma tecnologia para suporte aos usuários. Isso foi um gatilho para que comprasse o curso.

Comprou o curso, e com isso aprendeu os códigos para fazer o que precisava. Viu, com essa experiência, que podia adequar o que havia aprendido para a realidade que tinha. Colocou, então, seu conhecimento em prática. Desenvolveu a API que precisava, mas viu que não poderia operacionalizar aquilo de forma simples, pois precisaria de uma estrutura grande – e não era isso que ele queria.

Restou, para ele, continuar suas pesquisas, e assim seguiu estudando sobre API de WhatsApp. Entrou em comunidades, compartilhou conhecimentos e, foi então que descobriu que já havia uma ferramenta pronta, web, no-code, para montar a API do WhatsApp de forma muito mais simples.

Com essa ferramenta, dava para fazer algo super legal, que funcionava muito bem, podendo mandar imagens, PDF, áudio, sendo uma coisa bem natural para os usuários.

Foi aí que resolveu comprar uma licença anual dessa ferramenta para poder mexer e aprender mais. Durante esse período, conheceu muitas pessoas em uma comunidade, e juntou-se a outros 15 interessados em comprar uma licença whitelabel da ferramenta. Com essa licença, cada um poderia usar a ferramenta com sua marca própria, e aí Paulo viu que era a hora de encontrar seu público para poder colocar seu produto no mercado.

Seu primeiro “Scratch your own itch” (coçando sua própria coceira)

Tentou, então, encontrar seu público ideal, mas achou muito difícil vender, já que era um produto caro. Conseguiu somente um cliente de valor, na época das eleições, que se tratava de uma candidata. Ele até conseguiu fazer o aplicativo funcionar bem e trazer resultados para ela, que pode aumentar em 30% a quantidade de votos estimada através dos contatos do WhatsApp. Com essa cliente, conseguiu fazer um caixa para poder dar o start em outras ações.

Paulo não desistiu. Ficou um tempo sem produto, mas seguiu persistindo em tentar encontrar algo vendável. Foi nessa época que conheceu o Bruno Okamoto, falando sobre Micro-SaaS em seus canais. Além de encontrar o Bruno, também teve a oportunidade de acompanhar a experiência do Thiago da Freelup, que estava fazendo um BuildinPublic de seu Micro-SaaS. E foi a partir daí que começou a modelar ideias para vir a montar um novo produto.

Manteve-se estudando muito, lendo sobre o tema, pesquisando, participando ativamente das comunidades, e então passou a ter uma visão mais analítica das coisas. Pensava: como resolver esse problema com um Micro-SaaS? Sempre que encontrava algo a ser resolvido tentava encontrar uma solução, como um exercício para praticar possíveis ações a serem tomadas. 

Chegou a assistir vídeos de canais sobre SaaS, mas sabia que o que o atraía, de fato, era um Micro-SaaS – pois queria algo mais enxuto e simples. Demorou para encontrar um ideal palpável, algo que pudesse ser feito sozinho, embora tivesse em mente que precisava seguir com esse propósito, já que custaria muito caro construir algo mais complexo. Ele precisava de um produto que dependesse somente dele.

Trabalhando com as ferramentas que tem em mãos

Sua ideia nunca se desviou da API do WhatsApp, porque era algo que já tinha bastante conhecimento sobre, além de já ter alguns clientes. Ocorreu que, um dia, na comunidade, com o assunto da inteligência artificial em alta, sobretudo o ChatGPT, conheceu a API do ChatGPT – que podia ser usada fora do navegador, com a possibilidade de utilização por trás de qualquer software

Com isso, Paulo conseguiu, por exemplo, conectar seu WhatsApp com o ChatGPT. Ele criou um chat só para ele, para poder testar e ter experiência no desenvolvimento, como um desafio de aprendizado. Manteve-se pensando sobre o que poderia fazer com isso e, repentinamente, com a fala de um colega da comunidade sobre um bot com mais de 5.000 usuários que não gerava renda nenhuma, Paulo ficou intrigado.

Paulo também entendeu que construir um Micro-SaaS poderia ser um excelente modelo de aprendizado de desenvolvimento.

No curso que fez com Bruno Okamoto, Paulo aprendeu que a criação de um Micro-SaaS precisa, necessariamente, implicar em rentabilidade. Isso não quer dizer que o sujeito que cria um Micro-SaaS vai ficar rico, mas a venda de seu produto precisa, ao menos, pagar um miojo – dar um mínimo de retorno possível. Então, ele pensou: como fazer esse bot rentabilizar?

Na sequência, Paulo criou três robôs diferentes para responder WhatsApp – um médico, um psicólogo e um assistente jurídico. Ele usou essa experiência para testar e ver se aquilo funcionava, se as  pessoas se interessavam. Os robôs eram um facilitador de contato – integrando WhatsApp e ChatGPT. Nesse experimento, teve uns 100 usuários-teste, chegando à conclusão de que precisaria desativar os robôs médico e psicólogo, por tratarem de questões muito sérias, relacionadas à saúde.

Encontrando a proposta de valor do seu Micro-SaaS

Isso fez com que Paulo focasse no robô assistente jurídico, com direcionamento aos advogados. Ele sabia que havia uma dor no público do Direito, e por isso conseguiu ajustar seu produto para a área jurídica. Então, colocou a mão na massa, fazendo tudo sozinho. Na sua cabeça, entendia que gastaria muito pouco para testar esse MVP, para saber se as pessoas de fato comprariam aquilo, resolvendo uma dor. Seu desejo era que seu produto fosse tanto legal quanto útil, resolvendo um problema que os advogados tinham e têm.

Teve um custo inicial de R$ 50,00 com a licença para automatizar o WhatsApp, e começou a testar. Além disso, gastou R$ 300,00 para fazer uma logomarca, e partiu para a divulgação do produto. Seu Micro-SaaS, que chamou de WhatsGPT, teve vários usuários-teste, com uma média de 80 assinantes que pagaram para poder testar por maior tempo – com um mensalidade de R$ 14,90 cada.

Pensando em desenvolver seu produto, a partir dos aprendizados que adquiriu no curso de Micro-SaaS que fez com o Bruno Okamoto, Paulo sabia que precisava deixar seu produto “mais bonito” e melhorar seu canal de aquisição, para que, somente assim, pudesse extrapolar suas vendas para além dos seus contatos – que eram o público que já estava testando seu produto. 

Quando você tem clareza do ICP fica mais fácil achar canais

Surgiu, nesse meio tempo, a oportunidade de o advogado participar de um evento nacional, que se trata de um congresso de Direito Penal muito conhecido no país. Como Paulo tinha contato com o organizador do evento, ele conseguiu participar do congresso para divulgar seu produto para mais de 3.000 pessoas. A forma que utilizou para a divulgação foi distribuir folders que anunciavam seu produto e, a cada pessoa que abordava, dar explicações sobre como o WhatsGPT funcionava. Dessa forma, conseguiu com que muitas pessoas entrassem para testar seu produto.

O objetivo principal de Paulo ao participar desse congresso era fazer contatos, criar conexões com pessoas maiores, figuras de autoridade que pudessem ajudá-lo na divulgação do seu Micro-SaaS. E foi justamente o que aconteceu. Conheceu muitas pessoas e, dentre elas, duas figuras que foram essenciais para o progresso de seu projeto: primeiro, um juíz bastante conhecido e com visibilidade nas redes sociais, e segundo, Bernardo Azevedo, que já um advogado que já detém de uma boa audiência no Instagram, e fala sobre direito e tecnologia para melhorar o dia a dia do advogado.

Ocorreu que, ao apresentar seu produto para Bernardo Azevedo, houve um grande interesse da parte do influenciador em se tornar sócio de Paulo em um infoproduto semelhante ao que já havia criado – melhorado. Bernardo apostou no seu produto e, com o intuito de fazer o negócio crescer, trouxe à Paulo a oportunidade de modelar o produto de forma mais profissional, direcionado à venda. Então, junto a esse novo projeto vieram outros contatos que trouxeram expertises diferentes para melhorar o produto, tornando-o cada vez mais vendável.

Paulo entende que Bernardo chegou no momento ideal. Remodelaram o produto, e trocaram o nome, passando a chamar, agora, ChatADV. Alguns especialistas trabalharam na infraestrutura, fazendo com que o negócio pudesse caminhar melhor. O valor investido foi de aproximadamente R$ 10.000,00, e a partir daí foi possível pensar no processo de validação e lançamento.

Validação e lançamento do Micro-SaaS: CHATADV

Depois de tudo pronto, no dia 26 de junho deste ano, houve o lançamento do produto no Instagram do Bernardo. No primeiro dia, houve mais de 400 usuários que entraram para o teste gratuito, que permite a utilização por um período de 24 horas. Desses usuários, 40 decidiram por assinar, evidenciando uma conversão inicial de aproximadamente 10%.

Paulo explica que a ideia foi “comprada” por advogados que são seguidores fiéis de Bernardo, os quais, logo que o influenciador divulgou a ferramenta, já foram testar o produto. Com essa divulgação orgânica no Instagram, o ChatADV tem tido uma média de 5 a 6 assinantes novos por dia. E, quando são feitas ações para adquirir usuários, com tráfego pago, por exemplo, chegam em média 30 assinantes por dia.

O produto pode ser assinado de duas formas: R$ 19,90 mensal, e R$ 199,90 anual. Todos os usuários têm a oportunidade de testar gratuitamente o chat por 24 horas. Uma sacada que Paulo teve recentemente é aumentar o período de teste para 3 dias, a fim de melhorar o “aha moment”, sendo assim, isso logo será feito. Como o chat está todo integrado com o OpenAi, tão logo encerra o período de teste o usuário já recebe um link para pagamento da assinatura, se assim quiser.

Primeiros 10 clientes

Considerando sua profissão de advogado, Paulo já participava de vários grupos com muitos profissionais da área. Foi nesses grupos que ele divulgou, inicialmente, seu primeiro chat, o WhatsGPT. Ali já conseguiu muitos clientes para testar aquela ferramenta.

Quando houve a remodelação do produto, tornando-se ChatADV, grande parte dos primeiros clientes – não somente os primeiros 10 – vieram desses mesmos grupos em que ele participava, além da cota que apareceu por conta da divulgação do Bernardo, no Instagram.

Ferramentas de atração, conversão e retenção de usuários

Para a atração dos usuários, Paulo considera que a principal ferramenta utilizada foi o Instagram, com a divulgação realizada pelo Bernardo. Isso porque Bernardo, enquanto figura de autoridade da área, mostrou os benefícios do uso da ferramenta, atraindo possíveis interessados. 

Além disso, ele também explica que o produto envia mensagens aos usuários informando quantas horas foram economizadas pelos advogados com o uso da ferramenta (proposta de valor). Isso, na opinião de Paulo, é algo que faz com que os usuários enxerguem a praticidade do uso do produto no dia a dia do trabalho, sendo, portanto, também, uma forma de atração.

Para a conversão, fica claro que o período de trial é essencial. No primeiro produto que o advogado criou, o WhatsGPT, foi colocado um período de 3 horas para teste. Depois, viu a necessidade de aumentar isso, e passou para 24 horas, sendo o mesmo para o ChatADV. E agora, como já contou, esse período passará para 3 dias. 

Considerando que os usuários podem conhecer, na prática, a ferramenta durante o trial, além de entender o tempo que economizam com o uso do chat, Paulo entende que a conversão principal se dá dessa forma – testando.

Já no que diz respeito à retenção, o advogado explica que o suporte é muito bem estruturado para atender ao cliente e suas dúvidas. Criou e-books explicando como usar o chat, para melhorar a experiência do usuários, e está sempre à disposição para tirar dúvidas. Além disso, criou uma pequena comunidade no WhatsApp para enviar informações, tirar dúvidas, e então aumentar o nível de consciência dos usuários sobre como usar a ferramenta.

Fontes de inspiração

Certamente, o empreendedor se inspirou nos muitos casos que tem acompanhado através das comunidades. A troca de conhecimentos, as novas ferramentas e tudo que vê no compartilhamento de ideias que acontece nas comunidades são inspirações que permitiram que ele colocasse em prática sua ideia, e também para que ainda continue evoluindo.

Situação atual do projeto e desafios

Atualmente, seu Micro-SaaS ChatADV está com cerca de 230 usuários pagantes/assinantes, e com mais de 1.000 usuários testando.

  • Seu MRR atual é de R$ 2.300,00
  • Ja faturou aprox R$ 10.400,00
  • O churn está em 0,8.

Além desses números, Paulo ainda comenta que o WhatsGPT também segue com assinantes, com um total aproximado de 80 usuários pagantes.

No que se refere ao suporte que oferece no ChatADV, entende que é baixo, porque há poucas demandas. Contudo, quem acompanha tudo e dá o suporte é ele mesmo, para garantir o bom atendimento aos usuários.

Enfim, o empreendedor afirma que, na sua concepção, o produto ainda não chegou no ponto de viralizar, porque só tem um canal de aquisição. Esse é, portanto, um dos desafios atuais – conseguir novas parcerias, como a OAB, por exemplo, e outras instituições, para então atrair novos clientes. 

Além disso, Paulo também conta que está criando um novo pacote para venda, com um GPT melhorado. Serão ofertados dois tipos de planos para essa versão melhorada, R$ 39,90 mensal, e R$ 399 anual.

Principais aprendizados e dicas aos tripulantes

Como já contamos até agora, Paulo teve muitos aprendizados e lições até chegar no seu Micro-SaaS atual. Contudo, conseguimos com que ele resumisse em alguns pontos para nossa reflexão:

  • Não passe muito tempo planejando, nem espere a perfeição. Faça logo, aprenda durante o processo e permita que seu negócio comece a rodar;
  • Você não precisa de um investimento muito alto para fazer seu negócio acontecer. Há ferramentas no-code gratuitas para poder começar um MVP;
  • Procure um bom canal de aquisição que esteja dentro de um nicho que você conhece muito bem. Conhecer o nicho facilita o processo;
  • Não concentre toda a sua atenção somente no produto que está desenvolvendo, porque é muito importante, também, olhar para outras possibilidades. Assim, depois que o seu negócio estiver redondo, você terá novas ideias e oportunidades para então criar uma esteira de Micro-SaaS na sua vida.

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